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Quer aumentar suas chances de sucesso na amamentação? Não dê banho nas primeiras 12h de vida do bebê

  • Foto do escritor: Cris B. Machado
    Cris B. Machado
  • 6 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Então seu bebê nasceu, via cesárea ou parto normal e, por mais que tenha feito pele a pele, por mais que tenham respeitado a golden hour, logo os protocolos hospitalares os levam para o banho, geralmente dado sob torneira e, claro, os bebês “congelam”, sendo levados pros berços aquecidos. Nesse processo de hipotermia, o organismo trabalha como louco queimando reservas para elevar a temperatura do corpo do bebeio, o que pode levar à hipoglicemia. Daí, em 2010, uns caras do Boston Medical Center (USA) resolveram estudar as taxas de aleitamento de 702 bebês lá nascidos, após a instalação de um protocolo que adiava o banho para 12h (ou mais, após o nascimento, sendo dado no quarto do hospital, em companhia dos pais e, logo após o banho, colocado em contato pele a pele com algum dos genitores.

(créditos da imagem na foto)


A ideia era averiguar se o atraso no banho, justamente para evitar hipotermia e hipoglicemia (o bebe fica sonolento, tem dificuldade de iniciar a amamentação e acabam dando complemento ou soro glicosado) melhoraria as taxas de amamentação e pá: os resultados foram incríveis! Primeiro porque atrasar o banho significava manter o bebê mais tempo com a mãe, em contato pele a pele, o que foi demonstrado ter muitos benefícios, como mais facilidade na amamentação e redução do choro do bebê. Isso é um fato significativo, pois o choro é entendido pelos pais como fome (e, às vezes, é stress), o que libera um gatilho emocional para o uso desnecessário de fórmula láctea.


Assim, o que os pesquisadores encontraram foram os seguintes dados: quando o banho era feito menos de 3h após o nascimento, as taxas de iniciação exclusiva da alimentação do bebê serem via aleitamento exclusivo era de 32% e após o atraso no banho, subiu pra 40%. Isso, numa análise estatística chamada de multivariada, representa um aumento de 39% nas chances de sucesso do estabelecimento da amamentação no hospital, ou seja, é BOM PRA CARAMBA!


Outros estudos já demonstraram também como o vérnix é importante para a saúde da pele do recém nascido, pois além de mantê-la hidratada, impede a colonização por bactérias maléficas. Além disso, o uso de clorexidina (antisséptico) nos banhos hospitalares (ai que óoodio do banho que a alemoada tomou, e da alemoa,em especial pois eu já sabia disso e pedi que não dessem, em meu plano de parto, mas a pediatra plantonista mandou dar, que óooodio mortal) acaba com as bactérias boas (da mãe), deixando porta aberta pra bactérias ruins tipo Strepto B e E. coli.


Assim, adiar o banho do recém nascido só traz benefícios, gente! Vamos lançar a campanha #AdiemMeuPrimeiroBanho?


Referências:

American Academy of Pediatrics & American College of Obstetrics and Gynecology. Guidelines for perinatal care. 7th ed. Elk Grove Village, IL: American Academy of Pediatrics. 2012. [Washington, D.C.: American College of Obstetrics and Gynecology].

Bramson et al. 2010. Effect of early skin-to-skin mother-infant contact during the first 3 hours following birth on exclusive breastfeeding during the maternity hospital stay. J Hum Lact, 26:130–137.

Preer et al. 2013. Delaying the Bath and In-Hospital Breastfeeding Rates. Breastfeeding Medicine, v. 8: 485-490. DOI: 10.1089/bfm.2012.0158

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