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Quantos bebês morreram hoje, enquanto se vende uma lata de leite?

Todo dia mães, consultores em aleitamento materno, nutricionistas, fonoaudiólogos e alguns médicos lutam para que mais bebês sejam amamentados até os 6 meses exclusivamente, e até 2 anos ou mais. Pra ajudar o processo, aqui no Brasil, existe a NBCAL.


A NBCAL(NBCAL - NORMA BRASILEIRA PARA COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA) é um conjunto de leis que normatizam a comercialização dos alimentos e produtos de puericultura com o objetivo de garantir aos lactentes e crianças o direito à amamentação diretamente no seio materno. Os principais instrumentos de lei são: Lei 11.265/2006 e RDC 21/2002. Basicamente ela diz que alguns artigos como chupetas, mamadeiras e bicos de silicone não podem ter ofertas e que prejudicam a amamentação, e que leites artificiais precisam de rotulagem dizendo que não são recomendados, hehehe.


Pois bem, numa série de artigos lançados ano passado, no Journal The Lancet, um expressivo divulgador de estudos científicos, falou-se exaustivamente dos benefícios do aleitamento materno, em especial o aumento no QI e na renda de crianças que foram amamentadas até 2 anos ou mais, diminuição de diabetes tipo 2 e de obesidade na vida adulta e um número impressionante: 820.000 mortes por ano seriam evitadas se os bebês fossem amamentados.

OITOCENTOS E VINTE MIL MORTES POR ANO. OITOCENTOS E VINTE MIL MORTES POR ANO. OITOCENTOS E VINTE MIL MORTES POR ANO. OITOCENTOS E VINTE MIL MORTES POR ANO.


Pois bem, agora a OMS está reclamando de um duro golpe sofrido para as práticas de promoção do aleitamento: o Colégio Real de Pediatria e Saúde Infantil (Royal College of Paediatrics and Child Health) do Reino Unido (RCPCH) anunciou em outubro de 2016 sua decisão de continuar a aceitar financiamento de fabricantes de substitutos do leite materno, ou seja, leite de lata.

Esta decisão levanta sérias preocupações sobre a imparcialidade do colégio e estabelece um precedente prejudicial para outras organizações de profissionais de saúde. Basicamente é a mesma crítica que fazemos à Sociedade Brasileira de Pediatria, que é financiada pela Nestlé. É um baita conflito de interesses, uma sem vergonhice, na real.


Sabem por que todo mundo quer esse "apoio"? Porque as indústrias de "substitutos de leite materno" valerá, até 2019, 70.000.000.000 de dólares. Isso, em "golpinhos" atuais significam R$ 218.085.000.000

DUZENTOS E DEZOITO BILHÕES E 85 MILHÕES DE REAIS. DUZENTOS E DEZOITO BILHÕES E 85 MILHÕES DE REAIS. DUZENTOS E DEZOITO BILHÕES E 85 MILHÕES DE REAIS. DUZENTOS E DEZOITO BILHÕES E 85 MILHÕES DE REAIS. DUZENTOS E DEZOITO BILHÕES E 85 MILHÕES DE REAIS. DUZENTOS E DEZOITO BILHÕES E 85 MILHÕES DE REAIS. DUZENTOS E DEZOITO BILHÕES E 85 MILHÕES DE REAIS. DUZENTOS E DEZOITO BILHÕES E 85 MILHÕES DE REAIS.

Façam as contas e concluam esse post por si. Você está ajudando a salvar os coitados CEOs das gigantes de alimentação infantil. É tudo baseado em nossa falta de confiança no processo, na falta de apoio da família e do mercado de trabalho e, acima de tudo, na propaganda, que te faz crer que um leite de lata é melhor que o líquido vivo que sai de teus peitos.


Eu vou ali sentar no cantinho e chorar.



(Fontes: http://www.thelancet.com/…/PIIS0140-6736(17)30277…/fulltext…

http://www.alimentos.uff.br/sites/default/files/NBCAL.pdf)

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